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Já faz algum tempo que conheci um carinha em uma balada. Sei que conhecer pessoas interessantes em baladas é bem complicado. Confesso que na noite em que o conheci achei divertido, um pouco sem graça, mas intrigante. Trocamos emails, telefone e tchau. Lembro ainda, que o danado me carregou até o carro no colo. Adorei a brincadeira. Depois trocamos alguns torpedos...e na mesma semana nos encontramos em um parque por acaso. Mais alguns torpedos e enfim, um encontro. Meu senso de direção nunca foi dos melhores, depois de algum tempo perdida no trânsito, ele foi até meu encontro. Fomos para a sua casa. Tomamos umas Amarulla, ele parecia nervoso, sei lá. Tínhamos uma química muito doida, ao menos eu sentia, daquelas de te deixar tonta de excitação. Não conseguia desgrudar, uma loucura que nunca tinha sentido, loucura mesmo. Nossaaaaa como foi bom, meu coração disparava. Aquela noite acabei dormindo lá, apaguei... noutro dia me peguei várias vezes sorrindo sozinha, me sentia tão feliz. Ficamos algum tempo sem se ver, deu aquela sumidinha.. tinhamos acabado de nos conhecer. Preferi ficar na minha, afinal pra ele poderia ter sido tudo diferente. Fiquei confusa. Depois de um tempo o moço apareceu, mas eu já estava desconfiada que havia algo de estranho no cara. Ele era envasivo, misterioso. Não me agüentei, e especulei o senhor misterioso que acabou confessando que era tímido, ahahaha. Ixi e quem iria acreditar. Eu não!!!!. Aparecia e sumia o que me levou a conclusão, depois de um tempo, que eu era mais uma na lista. O danado me pegou de jeito. Bem pensei, por que não? Afinal sou solteira, independente, porque não nos encontrarmos pra viver “aqueles” momentos que eram tão quentes. E digo, eram mesmo. Só que o danadinho “tímido misterioso" começou com umas desculpas... ”olha gatinha estou louco pra te ver, mas mais tarde tenho que trabalhar” não vi problema algum, primeiramente, só que a situação se repetia e se repetia. Era um desafio a minha paciência e a minha inteligência. Não sei como tem mulheres que acreditam neste papo furado. Mas já estava envolvida naquele desejo, que não acreditava nas coisas que comecei a aceitar. Sentia uma raiva tremenda de mim mesma. Parece que eu tinha ficado burra. Sabia que não precisava dele, afinal, homem, pra transar tem aos montes. E confesso, isto nunca foi um problema para mim. Mas tinha algo diferente que não sabia explicar. Cheguei a achar que as dificuldades e os sumiços do moço eram o que me excitavam. Pensei, bem se é isto, logo passa. Dei um chega pra lá no queridinho. Comecei a aceitar convites para sair, conhecer pessoas diferentes, tinha que tirá-lo da minha cabeça de vez. Sabia que, para ele, não era especial nem a número 1 da lista. Que patético, pensava em meio a isto tudo. E lá vinha ele, novamente a me tentar. Já nem pensava mais no louco. Mas a tentação era grande. Até que aceitava um novo convite. Era um desejo tão grande que em menos de cinco minutos já estávamos totalmente envolvidos naquela loucura deliciosa. Novamente, ficava eu, sorrindo de felicidade pelos cantos. Experimentava todo aquele desejo e me entregava totalmente sem pensar no resto, era tão intenso!!!! Subia tão alto e caía com a mesma velocidade. Não conseguia entender... por que??? Por que não me livrava dele de vez??? Até que um dia abriu o jogo, depois de eu insistir é claro. Alias, como os homens estão covardes, não tem coragem de dizer o que sentem. Usam o famosinho bordão "não quero te magoar", mas não se dão conta que é justamente o “não falar" que mais magoa. Então ele disse: “não sei o que eu quero” eu pensei: “que se dane”. Não vou mais perder meu precioso tempo com um otário que não sabe o que quer. Mas na verdade ele quis dizer: você, para mim, é a garota geladeira. rsrsrsrs. Tive vontade de sair correndo.. .emburreci de vez, pensei comigo mesma. Chegou um momento que nem o escutava mais, falava, falava... sua voz foi sumindo, sumindo... e a minha voz interior gritava.... SAIA daí agora!!! Inventei uma desculpa e me mandei. Mas cafa que é cafa não larga o osso. Minha autoestima estava no chão. Passava algum tempo e lá vinha novamente e, junto dele, a minha saudade. Era um vício. Ai que raiva. Raiva de mim mesma. Ele estava no papel. Teve um dia que marcamos um encontro, já fazia algum tempo que não nos víamos. Tínhamos combinado de almoçarmos juntos. Sai do meu trabalho, peguei um trânsito danado. Foi uma correria. Mas antes passei em casa para me arrumar. Estava toda suada, fazia muito calor. Bem quando finalmente cheguei na casa dele, descobri já tinha almoçado. Nossa que decepção. Nem me esperou. Mas estava com tantas saudades que não dei muita importância. E lá estávamos nós, entregues.... Era minha tarde de folga e ele tinha acabado de entrar de férias. Logo pensei, a tarde vai ser toda nossa. Só que o mocinho depois me veio, novamente, com A DESCULINHA, “gatinha daqui a pouco vou correr na praça quero curtir minhas férias”. Credo!!!!!!!! eu ali, querendo, e sendo dispensada. É um verdadeiro otário. Fiquei sem chão. Sai me sentido a ultima das ultimas. Cheguei a pensar que era coisa da minha cabeça, que não tinha nada a ver. Mas não era não. Era pura tolice minha mesmo ,ele não estava afim. Mais uma vez me prometi que nunca mais iria vê-lo. Não iria mesmo!! Nunca mais. Passou algum tempo.... rsrsrsrs nem vou comentar o que aconteceu. Lá vinha ele com aquele desejo que me deixava doida. No nosso último encontro combinamos um jantar para a próximo encontro. Ficou combinado. Super feliz, comprei um presentinho para agradá-lo. Já não nos víamos fazia um mês. Só que no meio do caminho, quando eu estava indo até a sua casa, depois de eu ter passado o dia me arrumando (unhas, depilação, cabelos, maquiagem, perfume...), falou-me que não teria muito tempo para mim, porque tinha uma festa com amigos que tinham acabado de ligar (obs:no meio da tarde nosso encontro tinha sido confirmado). Então ele disse:" só vou porque é importante!!!!" PORRA MEU DEUS!!! era eu que não era importante!!!!! Realmente sou a mais tola de todas as tolas. Não é uma questão de o cara ser um cafajeste, é uma questão de ser um verdadeiro sem noção. Não esquentei muito o banco na casa dele, bem na verdade eu nem deveria ter ido até lá. Mas tem uma coisa comigo, eu pago pra ver. Saí de lá com o coração partido, não tem como não deixar de ver, eu estava perdida, era o fim. Ele nunca esteve afim. Loucura/desejo/decepção. Poderia ser tudo, mas era nada. Cada um tem suas prioridades, eu escolhi errada as minhas.
Relato incrível. Falei sobre isso num post, o Acendedor de Lampiões. Se você pesquisar, provavelmente outras mulheres sofreram a mesma decepção com ele. Equilíbrio numa relação é fundamental. Abraço!
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